segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Fugir.


         É simples, muito simples. Na nossa história, na nossa vida tem tanta coisa que passa diante de nossos olhos, tanta coisa que suportamos... E o que mais queríamos mesmo, de verdade, era nunca ter visto tudo aquilo. É nunca ter passado por tanta dor.

         A verdade é que não podemos fugir de tudo isso e temos de aguentar até passar. Mas será mesmo que não fugimos de fato? Bom, porque eu acho que todo mundo descobre, arranja, planeja uma forma de amenizar a situação, não que alguém consiga mesmo sumir daquele cenário sombrio e pronto, mas consegue ao menos aliviar toda aquela pressão.

         É, é bem isso mesmo. Acho que todo mundo tem sua forma de esperar que a tempestade passe. Acredito que arte sirva para isso. Para esquecer os problemas por um tempo, música é o que há! E tem aqueles que extravasam com gritos abafados no travesseiro, e por mais incrível que possa parecer, existem pessoas que preferem que o silêncio cure.

         Ok, não tem mais como escrever algo que tenha eu, eu  mais eu? Sei lá, para onde foram todas aquelas idéias que vão além de mim, meu Deus? Enfim, como desta vez, de novo, não faltaria um pedaço de mim para colocar aqui, as melhores formas que achei para tirar o peso, foi com a música, e escrita, e diálogos, e doces [não só no sentido gastronômico,por favor], e risadas, meiguices, miudezas, abraços, olhares, porque simplicidade é o que há de mais sofisticado.

          Para mim, não é bem fugir, mas ressignificar, pintar o quadro com outras cores, uma estrela a mais no céu, um meio-tom no meio de um lá menor com dó maior, chocolate no café, samba no pé, cabelos ao vento, mãos ao alto, e muito sentimento!

sábado, 27 de agosto de 2011

Hoje eu me permito ser boba.

      Quem já foi aos últimos textos disso aqui, sabe que eu escrevi um textinho que talvez eu tenha até modificado. Essas minhas manias de sair modificando os textos, deletando e tal, tudo isso tem significado. Já vi gente ficar chateada com isso, mas essa enxugada que vivo dando no blog tem toda uma razão de ser. Ora, a gente muda o tempo todo, até sem ver.

       Acho que quando eu criei esse blog, tudo o que havia dentro de mim estava uma bagunça insuportável até para mim! Sei lá, acho que eu olhava para os textos, refletia, pensava, e nada de errado encontrava. Mas hoje, que as coisas mudaram, o mundo deu trocentas voltas e infinitas coisas aconteceram, vocês acham que eu teria a mesma forma de ver? Não tem como! Coisa que graças a Deus não sou e nem gostaria de ser, é uma garota de frases, opniões formadas. Eu quero é ter milhões de opniões que é para estar mudando de vez em quando! Evolução é assim: Eu nunca vou passar tempo demais com uma coisa formada na cabeça e repetindo para mim "é assim e pronto".

       Não estou dizendo que mudo de opnião como quem muda de roupa, só estou dizendo que nada permanece a mesma coisa. E se eu tiver algumas opniões em mente, e que aparentemente não mudo, para mim, que sou dona de mim e sei como funciona, eu sei que não exatamente não muda. Às vezes penso que as coisas que passam pela minha cabeça apenas ganham outra cara.

       Assim acontece com meus textos: Deleto, edito, mas nada que foi deletado foi totalmente apagado, porque sei que mais cedo ou mais tarde será reescrito com outras palavras, isso já aconteceu por aqui, não lembro com quais textos, mas já. E nada que é editado é totalmente mudado, mudam-se palavras, mas a idéia central é a mesma, talvez mais madura e menos equivocada, mas a mesma!

       Ok, e o texto é aquele que entitulei de forma óbvia, com uma frase que diz tudo: "Faça o que eu
digo, não o que eu faço". Não sei ao certo o destino que dei ao texto, se deletei, se editei, não lembro o que fiz. Mas se deletei, foi inocentemente achando que me libertei desse status de estagnação, achando que as coisas ganharam outros rumos. Mas sabe que não? Tudo sempre funcionou para mim dessa forma: Eu nunca quis em primeiro plano o que faço, porque se não for bom, que seja só para mim, não quero o mesmo destino para os outros. E sou dona de dar conselhos e não seguí-los às vezes (sou hipócrita por isso?). Mas se eu apenas o editei, talvez eu tenha só ressignificado a situação.

        Todos sabem que ninguém simplesmente esquece as coisas, senta no sofá e fica tudo bem. A situação não deixa de existir, ainda está lá, o que aconteceu foi que você deixou de dar a mesma atenção e importância que dava antes!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Monólogo (?)

Eu: É engraçado como os sonhos se engavetam. Tanta coisa parecia urgente! Tanta coisa parecia ter de se concretizar no aqui e agora.
Mim: Só que no momento não é bem mais isso. Até porque não funciona. Nem tudo pode ser aqui, agora. Não se pode desobedecer o curso da natureza.
Eu: Ok, mas na vida sempre tem aquela coisa de "viver o momento presente" e "esperar o momento certo". A questão, é que tudo parece ter os papéis invertidos, no final das contas. Que coisa, não? O que parece acontecer às vezes, é que  o presente se faz com o que tem de ter paciência. Espera-se o momento certo, praticamente com o que deveria acontecer aqui, agora. Vai entender.
Mim: Nos sonhos, as coisas acontecem de uma forma tão diferente, tão ideal.
Eu: Idealismo nunca levou nada a lugar algum, não adianta pensar em como seria.
Mim: Que ótimo, é inútil. Mas que dá um alívio...
Eu: Beleza, e esse alívio serve para...?
Mim: Tá, tá bom! O que tiver no momento é o melhor a fazer mesmo. Mas duvido que um ser consiga executar coisas sem planejar de forma alguma.
Eu: Momento presente serve para isso: Nem sempre se pode planejar, se vive do jeito que der. É a graça da coisa!
Mim: Essa de "nem tudo é como se quer" às vezes cansa.
Eu: Pode até ser. Mas talvez seja mesmo assim, porque, enfim, uma coisa dá epaço para a outra.
Mim: Pronto! Então, o que tiver de ser, será. Desde que se possa dar uma afastadinha nos móveis de vez em quando...
Eu: Hahaha, claro! Nunca ninguém disse que só porque não se pode plenejar tudo, não poderia editar o que está em curso, ou o que foi feito.
Mim: Acho meio difícil mexer com o que já está feito. Não se pode deixar liso, plano, um papel que foi amassado e rasgado.
Eu: Ora, mas o que não obtiver resultados bons de tal forma, pode ter resultados melhores com as mudanças. Então, para quê mesmice?
Mim: Bom, se bem que isso é verdade, por que não substituir o papel,não?
Eu: Tudo funciona melhor como massa de modelar, do que como papel.
Mim: Ou será como os dois?
Eu: Não. Não tem essa de funcionar como os dois. Todos sabem que o papel é como se fosse aqueles momentos, ou ações, que não mudam, não ficam de outra forma. Ou permanece com ele amassado, rasgado, ou esquece e substitui. Massa de modelar, pelo menos, dá para desmanchar e fazer outra coisa.
Mim: Ainda bem, seria um caos se não houvessem alternâncias e nuances.

"Eu e Mim se dividem numa só certeza, pois Eu dentro de Mim é mais eu do que eu mesma"♫ ♪

sábado, 6 de agosto de 2011

Eu aprendo, tu aprendes, todos aprendem!

       Com muita alegria, volto a deixar minhas marquinhas! Nossa, como isso é engraçado, viu? Eu que achava que minha vida tinha parado. Mas a verdade, é que a gente aprende que nada pára: Você é que deixa de perceber o movimento das coisas! E sabe? Eu mereço bronca por optar por fechar os olhos, afinal, é um crime diante da vida, deixar de dar atenção para o que quer que apareça no caminho, até porque, de tudo a gente tira uma lição, uma conclusão.
       
       Hoje estive pensando em como ser humano é simples, nós é que costumamos complica [não, não estou afirmando que já aprendi, e sei tudo de como ser humano.Até porque, quem sou eu,né?]. Aquela coisinha batida de "para ajudar, você tem de se ajudar", é clichê, mas nunca, NUNCA deixou de ser verdade. E pecado? A definição disso, só tenho mesmo aquela: Infelicidade. Convenhamos, as pessoas pensam de formas diferentes umas das outras. Certo e errado são coisas que não existem. O que existe no lugar deles, é com o que você se sente bem.

      Senão para isso, para quê nascemos, se não for para sermos felizes, e adquirirmos sabedoria, saber e sabor durante essa fascinante caminhada? Frase linda essa: "Nenhum poder, algum saber, alguma sabedoria, e o máximo possível de sabor" - Barthes.

      É, algumas vezes, quando conhecemos pessoas por aí, inevitávelmente, se essa interação resultou em algo um pouco mais profundo, há aí, uma troca. A gente se doa. Chama-se reciprocidade. Não basta estar disposto a ajudar. O outro terá de se dispor a ser ajudado. Eu não escrevo nenhuma novidade por aqui, eu sei, mas a minha intenção mesmo é levar para cá o que eu acho que é importante para mim.

     Ok, vou acabar não sabendo finalizar conversas... Mas tipo, fico super feliz em ver que eu ajudo, que eu posso dar um toque de vez em quando, mas, quando a gente se doa, se doar não significa abrir mão da vida todinha para tentar [porque isso é coisa que nao se consegue para outra pessoa] aliviar as aflições do outro.  Autruísmo não significa ausência de egoísmo, e também não significa sacrifício.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Trilhando

        É engraçado. Chega um momento em que percebemos que há certas ações, formas de agir, pensar, que são como nossas marcas. E o que me parece, é que existem coisas assim, das quais não deveriamos nos desprender. Quando você tenta mudar as coisas, com receios de que existe o que mudar, por hora percebe que não era bem isso que deveria fazer. É como diz aquela música: O certo é que eu dancei, sem querer dançar, e agora já nem sei qual é o meu lugar ♪.  Às vezes a gente faz coisas, achando que isso vai nos dar um novo rumo, sei lá, um novo jeito de olhar as coisas, ou talvez, fazer com que a gente perceba que pode fazer aquilo que nem sabe se consegue. Mas muitas vezes isso não é bom, por que acabamos nos perdendo. No final, parece até que a gente não sabe mais o que fazer, quais decisões tomar...
         Bom, acho que o que devemos mesmo fazer, é deixar que venham as coisas por si. Não é toda vez que é uma boa sair procurando ou experimentando as possibilidades. Enfim, aqui estou. Na minha.

Reminiscência

Dê o play antes de começar a ler. Olhares de ternura, mãos de pluma.  Pureza de criança daquelas que a gente pensa que perde com ...