sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

(Des) Espero

     Oi outra vez!


   Bom, surgiu mais uma das minhas mirábolas (mirábolas??).

   Um dia desses conversando com minha mãe, conversa vai, conversa vem, a gente começou a falar meio filosoficamente. Claro que antes da conversa chegar a tal ponto, ela começou com alguma coisa cotidiana, algo que estava acontecendo, enfim. Mas o ponto ao qual a conversa chegou, foi sobre o verbo esperar e a palavra desespero.

   Se eu conheço bem minha mãe, essa conversa não se desenvolve à toa, quase sempre sai de um livro que ela leu (note: raramente minhas idéias saem de um livro, já que mal leio ultimamente), e dessa vez, foi de um livro de André Comte-Sponville: A Felicidade Desesperadamente.

   Eu não o li (ainda não!!), mas como ela gosta de comentar sobre trechos e tudo mais, eu acabo me ligando no falatório e me inspirando (depois que eu comecei a escrever, então, nem se fala!).
    Chega de rolos, vamos ao ponto rosa (e não era X?) da questão: O livro fala do ato de esperar. Sendo que pelo que entendi da conversa (acho que só poderei dizer que o que eu estou escrevendo agora é o que eu penso acerca do livro depois de lê-lo), o verbo esperar tem outros sentidos além do que ele pretenciosamente quis exprimir:
 
  1. Esperar propriamente dito: Esperar por algo, criar expectativas em algo. O que soa meio chato, pois é sempre ruim quando se tem aquele cheiro de cobrança no ar.

  2. Esperar que vem da esperança: Nem preciso dizer que soa mais positivo, certo? Eu nem vim mediar o que é ou não positivo na vida. Esse esperar é aquela esperança que salva o ser humano da desistência. É aquilo que o move a acreditar que ainda há mais uma chance.

  Ok, essa é a diferença. Agora, tem o desespero, que também tem seus porens :

 1. Desespero: Ato de desesperar-se, entrar em pânico, ficar louco sem saber o que fazer

 2. (Des) Espero: Entendeu o por quê do título agora? Pois é. Isso é deixar de esperar, de criar expectativas. É agir, e não mais parar, não mais esperar. Mas também não é deixar de ter esperanças (quem pensou que era isso, vai pagar prenda, hein?).

    Mais uma vez, deixo aqui acesa mais uma das minha faíscas que completam essa gigante fogueira que é a minha mente.

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