terça-feira, 29 de junho de 2010

A Cadeira de rodas nunca fez parte do meu corpo.

       Acho que sou boba, às vezes. Tem coisas com as quais eu já deveria ter me acostumado há tempos, mas que ainda hoje me surpreendem. Eis que um dia, em uma de minhas voltas por aí que dava com meu pai, acontece mais uma daquelas, sabe? Estávamos no Riverside [para quem não mora em Teresina, é um dos shoppings daqui], paramos para sentar em um dos banquinhos que ficam de frente para algumas vitrines de lojas, e ficamos um tempo por lá, conversando.
     
       Bem de repente, chega um amigo dele, nos cumprimentando, puxando conversa. O Cara começa a olhar para mim. Eu, daquele jeito todo meu: Calada, sorrindo de leve. Mal sabia que ele vinha com uma daquelas. Ele começa a falar, contando de uma filha dele, que teve de viajar a São Paulo, por ter um problema no coração desde eu nascimento. E com isso tudo, ela precisou fazer cirurgias.

      Enfim, o fato é que ele começou com aquele papo  - "as pessoas deveriam se queixar menos".  Pela expressão dele, parecia até que "as pessoas" era só uma forma de disfarce para o "você".  Ele continuou, e me veio com aquela conversa de que eu tenho tudo, e não sei o quê mais lá. Eu? Calada fiquei até ele terminar.  Nessa coisa toda, notei o quanto ele falava da filhinha dele, nas pausas em que ele parava de se dirigir a mim. Notei também, que quando ele fazia isso, a face dele ficava cada vez mais...Como vou descrever? Sei lá, era estranho, ele tinha um ar de preocupação, nem sei se ele estava me olhando com aquele ar de pena, como costuma acontecer.

       A impressão que eu tive, foi que ele achava mesmo que eu tinha algo de infeliz, sei lá. Eu tenho certeza que em nenhum momento eu demonstrei isso. Pois fiquei calada O TEMPO TODO!

       Só sei, que quando ele saiu, logo depois sai com meu pai para irmos ao carro, e assim, ele me deixar em casa. Eu virei para ele e perguntei: - Pai, nessa brincadeira toda, não foi ele quem se queixou o tempo todo? E ele: - É, realmente, é a cabeça das pessoas, minha filha.

       Bom, o fato de eu precisar de uma cadeira de rodas para a locomoção não significa grande coisa em relação a minha vida. Todo mundo consegue aprender a viver do jeito que dá! Já vi gente sem ambos os membros tirarem de letra, vivem muito bem, e felizes. Então, porque não eu?! =D

domingo, 20 de junho de 2010

Faça o que eu digo,não o que eu faço...

Bom...Eis aqui um assunto que não me foge da cabeça,claro,porque incomoda. Tem horas que eu vejo que dou conselhos para as pessoas com coisas que eu não faço,mas que deveria. O que é bem estranho...Sei que pode parecer bobo o que eu to falando aqui,mas é verdade. Eu não to escrevendo isso para me queixar,não,mas escrevo para dizer umas verdades minhas e que sim...Eu sou imatura,to em busca de ser melhor,em busca de evolução . Escrevo para dizer o que eu sinto. Medo,medo das pessoas acharem que isso é ruim e que devem se afastar de mim por minhas falhas,outra coisa que pode parecer tosco eu colocar aqui essas coisas. Mas pode ser um passo para eu me libertar disso e encontrar mais paz na minha vida.

P.S: Se bem que eu tenho que perder esse medo de me expressar...

Reminiscência

Dê o play antes de começar a ler. Olhares de ternura, mãos de pluma.  Pureza de criança daquelas que a gente pensa que perde com ...